Em Gênesis 3, testemunhamos a maior tragédia na história da raça humana. Do mesmo modo que vimos como tudo começou, nos capítulos 1 e 2, agora, no capítulo 3, vamos ver como tudo se desfez. Eva comeu o fruto da árvore proibida e a primeira bomba nuclear do pecado foi detonada, cujas ondas de choque atravessaram o tempo e ainda hoje são sentidas.

Eles conseguiram o que queriam, mas não queriam o que tinham. Adão e Eva passaram a conhecer algumas coisas que Deus nunca pretendeu que eles ou qualquer outro ser humano conhecesse. Parece que a primeira coisa que conheceram foi a vergonha, já que antes eles estavam nus e não a sentiram.

O que eles fizeram? Eles costuraram folhas de figo da negação e da decepção para cobrir seus fracassos e falhas. Muitos também cobrem a vergonha de forma bem semelhante. Mentem nos exames da escola, roubam dos empregadores em pequenas coisas, encobrem rendimentos para não pagar imposto, fazem dívidas que não podem pagar. Mentem em coisas tão pequenas e esquecem que essas mentirinhas possuem a mesma natureza de uma mentira grande. Tentam corromper o guarda de trânsito, o fiscal, ou um agente público para obterem certas vantagens. A lista é grande. Essa é a “mentalidade da folha de figo” e ela, remonta ao Jardim do Éden.

Agora, Adão e Eva também conhecem o medo. Eles se esconderam atrás das árvores, longe da presença do Senhor, enquanto Ele caminhava pelo mesmo caminho de sempre. Ele chamou: “Adão, onde você está?” E Adão disse: “Estou aqui com medo, nu e envergonhado”.

Eles conhecem a culpa. Apenas algumas horas antes, Adão estava nu e isso não o incomodava nem tampouco a Deus. Pela primeira vez vemos um ser humano assombrado pelo fantasma da culpa. A culpa é uma emoção que Deus nunca pretendeu que a raça humana experimentasse, todavia, é o bebê inevitável, nascido do pecado e da negação e gerado por uma consciência que antes era saudável. Tudo isso foi resultado da desobediência aos mandados de Deus. Finalizo incentivando você meditar em Salmos 37:23-24.

Que Deus, em Cristo, te abençoe abundantemente.

Pr. Natanael Gonçalves